O GAIA – Grupo de Assistência ao Idoso, a Infância e a Adolescência, grupo fundado em setembro de 2003, no bairro do Campo Grande, zona Sul de São Paulo, promoveu atividades variadas durante a Virada da Maturidade 2016 e nossa repórter cidadã Lygia Benvenuti esteve lá para conferir. Acompanhe seu relato a seguir:
15/09: Vivência na maturidade, trabalhada com psicodrama
Um grupo, em torno de 50 idosos e 6 jovens, com a supervisão das voluntárias Lu e Lúcia, desenvolveram uma atividade teatral em que foram propostos vários temas:
- Uma passagem divertida
- Alegrias recentes
- Recordação de adolescência
- Recordação alegre de infância
A intergeracionalidade tornou a atividade muito interessante já que a participação do jovem trouxe uma dinâmica diferente.
Um dos participantes, Sr. Álvaro, diagnosticado com doença de Alzheimer, surpreeendeu a todos, cantando com voz clara e bonita, a música “O bêbado e o Equilibrista”. Quando o elogiei, ele me segredou em voz baixa: “…Pra cantá é preciso gostá.”
Interessante como essa música proporcionou um pequeno adendo à atividade. A maioria dos jovens não a conhecia e foram convidados a conhecerem a letra e a tomarem conhecimento da sua simbologia.
Joana Martins Venâncio, de 70 anos, deu seu depoimento: ”Frequento este grupo há 9 anos e estou muito feliz com as atividades. Só tenho a agradecer!”
Dentro dos temas propostos, o grupo demonstrou muita criatividade, criando momentos de emoção e também de muita alegria.
16/09: Vivência – Cognição do Idoso
Um grupo formado por cerca de 50 idosos, com a supervisão das voluntárias da PUC-SP Julia, Beatriz e Fernanda, receberam uma orientação pautada em esclarecimentos sobre a doença de Alzheimer, trabalhando com os mitos e verdades sobre essa patologia.
Ao falar sobre a cognição do idoso, as voluntárias ressaltaram as dificuldades que merecem ser reconhecidas e cuidadas. Elas também esclareceram a importância do tratamento não farmacológico que são desenvolvidos por terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogas, fisioterapeutas e outros.
Notei que, entre os idosos, havia muita desinformação sobre o Alzheimer e, dentro das possibilidades de entendimento, as dúvidas foram esclarecidas pelas voluntárias, que utilizaram grupos para discutir sobre sintomas verdadeiros e falsos.
É um assunto que causa muita preocupação, nessa faixa etária, e muitos relataram experiências vividas com parentes e amigos.
Acredito que através dessas vivências e outras atividades relatadas, a Virada da Maturidade torna o idoso visível no seu meio social, tornando-o protagonista não só de sua história, como também participante de atividades que acrescentam conhecimento e diversão.
Crédito texto e fotos: Lygia Benvenuti
20 de setembro de 2016 at 15:05
É muito importante a participação dos idosos para adquirir conhecimento e transmitir a sua própria experiência de vida com a oportunidade de não culpados ou obrigados , simplesmente viver a vida o melhor possível foi enorme prazer em participar.
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